quinta-feira, 26 de julho de 2012

RECOMEÇAR

Por Rafael Jácome

         Acordei agitado com muitas preocupações na cabeça. Os pensamentos variados me levaram a diversos lugares, menos buscar a presença de Deus. Rapidamente falei com minha esposa e saí de casa. Fiz uma compra rápida de frutas para ela e fui ao trabalho. Quando cheguei, escutei a voz do Espírito Santo: "amigo, você hoje não  teve tempo para Deus, não orou, não leu a Palavra e não fez o seu Devocional com sua esposa. Qual é o problema?"
        Imediatamente, percebi que deveria recomeçar. Todos os dias encontro um irmão evangélico e sempre que possível, falamos de Deus. Então, lembrei-me dele e o procurei para orarmos juntos. Quando contava a minha experiência, ele tirou uma literatura e leu:
"Porque vale mais um dia nos teus átrios do que, em outra parte, mil. Prefereria estar à porta da Casa do meu Deus, a habitar nas tendas dos impios. Porque o Senhor Deus é um sol e escudo; o Senhor dará graça e glória: não negará bem algum aos que andam na retidão. " (SALMO 84.40-11)

DEUS É FIEL!

domingo, 22 de julho de 2012

O DILÚVIO - PROBLEMA LITERARIO: CONCLUSÃO

Por Rafael Jácome

CONCLUSÃO



Considerados todos estes indícios, dificilmente se poderia recuar diante da conclusão de que os dois documentos, com pormenores diversos, formam fundidos na história do dilúvio. Estabelecida a tese, ESPERO TER CONTRIBUIDO COM SEU CONHECIMENTO.

QUER SABER MAIS SOBRE O DILÚVIO?  ESCREVA PARA rafaeljacome2008@gmail.com  E TIRE SUAS DÚVIDAS E AUMENTE O SEU CONHECIMENTO.

O DILÚVIO- PROBLEMA LITERÁRIO 6

Por Rafael Jácome

A QUESTÃO CRONOLÓGICA



Há duas cronologias diversas do dilúvio:
Conforme Gn 7.4, 12, 17, as chuvas duraram 40 dias e 40 noites: “Porque, passados ainda sete dias, farei chover sobre a terra quarenta dias e quarenta noites; e desfarei de sobre a face da terra toda substância que fiz.” (Gn 7.4) – “e houve chuva sobre a terra quarenta dias e quarenta noites.” (Gn 7.12) e “E esteve o dilúvio quarenta dias sobre a terra; e cresceram as águas e levantaram a arca, e ela se elevou sobre a terra.” (Gn 7.17)
 Ao cabo de 40 dias, Noé abriu a janela da arca e soltou, primeiramente, um corvo, depois por três vezes consecutivas, uma pomba, a fim de verificar o estado da terra (8. 6-12). Depreende-se que entre estes quatro lançamentos de aves houve, de cada vez, um intervalo de 7 dias. Cf. 8, 12. 10; donde se tem um total de 21 dias para a descida das águas após as chuvas – o que perfaz uma duração total de 61 dias para o dilúvio. Alguns exegetas consideram os quarenta dias mencionados em Gn 8. 6 como um intervalo entre a cessação das chuvas e o lançamento do corvo. Assim sendo, teve uma duração total de 101 dias para o dilúvio.
            Entretanto, em Gn 7.11 a enchente começou no 17º dia do segundo mês do ano 600 da vida de Noé, e durou 150 dias (Gn 7. 24; 8.2): “No ano seiscentos da vida de Noé, no mês segundo, aos dezessete dias do mês, naquele mesmo dia, se romperam todas as fontes do grande abismo, e as janelas dos céus se abriram.”  Depois destes, as águas começaram a baixar, de modo que no primeiro dia do 10º mês apareceram os cumes das montanhas (8.5), no primeiro mês do primeiro mês do ano 601 a terra toda estava visível (8.14). Desta segunda computação cronológica se segue que o dilúvio se estendeu de 17/2/600 a 27/2/601. Os israelitas contavam meses lunares, os quais compreendem 29 dias, 12 horas, 44 minutos e 3 segundos. Eles atribuíam aos meses alternativamente 29 e 30 dias, doze meses, perfaziam um ano de 354 dias. Todavia, já que o ano solar compreende onze dias mais, inseriam mais ou menos de três em três anos um mês suplementar, a fim de fazer concordar o seu calendário com o curso das estações. Portanto, isto quer dizer: a catástrofe durou um ano lunar de 354 dias, mais 11 dias, ou seja, precisamente um ano solar de 364 dias.

O DILÚVIO - O PROBLEMA LITERÁRIO 5

Por Rafael Jácome

A QUESTÃO DO VOLUME DAS ÁGUAS

Em se tratando do volume das águas também encontramos duas narrativas: Em Gn 8. 5 já aparecem os cumes das montanhas ao passo que em Gn 8. 9 as águas ainda recobrem toda a face da terra:

1) “E foram as águas indo e minguando até ao décimo mês; no décimo mês, no primeiro dia do mês, apareceram os cumes dos montes.” (Gn 8.5)
2) “A pomba, porém, não achou repouso para a planta de seu pé e voltou a ele para a arca; porque as águas estavam sobre a face de toda a terra; e ele estendeu a sua mão, e tomou-a, e meteu-a consigo na arca.” (Gn 8.9)

O DILÚVIO - PROBLEMA LITERÁRIO 4

Por Rafael Jácome

A QUESTÃO DA MORTE DOS SERES VIVOS




Com relação aos seres vivos, todos morrem duas vezes:

“E expirou toda carne que se movia sobre a terra, tanto de ave como de gado, e de feras, e de todo o réptil que se roja sobre a terra, e de todo homem. Tudo o que tinha fôlego de espírito de vida em seus narizes, tudo o que havia no seco, morreu.  Assim, foi desfeita toda substância que havia sobre a face da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil e até à ave dos céus; e foram extintos da terra; e ficou somente Noé e os que com ele estavam na arca.”(Gn 7.21-23)

O DILÚVIO - O PROBLEMA LITERÁRIO 3

Por Rafael Jácome

A QUESTÃO DA ENTRADA DOS ANIMAIS NA ARCA


Quanto ao relato dos animais também são encontradas duas formas de enumerações em suas entradas na arca: os vv. 6.19-20; 7.15-16 falam simplesmente de um casal de cada espécie. Ao passo que o v 7.2 distingue animais puros e impuros, mandando que daqueles Noé tome sete casais, destes um casal apenas. Tal distinção nos tempos de Noé é anacrônica. Não parece ter estado nas concepções do Patriarca. Os livros sagrados explicam-na e promulgam-na pela primeira vez na legislação que Moisés, bem mais tarde, deu ao povo de Israel (cf. Lv 11. Dt 14. 3-20). Vejamos:

1) “E de tudo o que vive, de toda carne, dois de cada espécie meterás na arca, para os conservares vivos contigo; macho e fêmea serão. Das aves conforme a sua espécie, dos animais conforme a sua espécie, de todo réptil da terra conforme a sua espécie, dois de cada espécie virão a ti, para os conservares em vida.” (Gn 6.19-20);
2) “De todo animal limpo tomarás para ti sete e sete: o macho e sua fêmea; mas dos animais que não são limpos, dois: o macho e sua fêmea.” (Gn 7.2)

O DILÚVIO - O PROBLEMA LITERÁRIO

Por Rafael Jácome

A QUESTÃO DA ENCHENTE





Também são narradas duas maneiras de explicar a enchente: a primeira é a chuva que simplesmente desaba sobre a superfície da terra (7, 4.12; 8.2b); ora são os reservatórios subterrâneos e os do firmamento que se abrem, fazendo irromper água de baixo e de cima sobre o solo (7. 11; 8. 2a), conforme esquema abaixo:

1) “Porque, passados ainda sete dias, farei chover sobre a terra quarenta dias e quarenta noites; e desfarei de sobre a face da terra toda substância que fiz. (Gn 7. 4) – “e houve chuva sobre a terra quarenta dias e quarenta noites.” (Gn 12); “e a chuva dos céus deteve-se” (Gn 8. 2b);
2) “No ano seiscentos da vida de Noé, no mês segundo, aos dezessete dias do mês, naquele mesmo dia, se romperam todas as fontes do grande abismo, e as janelas dos céus se abriram.” (Gn 7.11) – “Cerraram-se também as fontes do abismo e as janelas dos céus”. (Gn 8.2a)