Durante os diversos períodos da história da humanidade as religiões serviram como um instrumento de manutenção de poder, garantindo privilégios para a elite dominante. Foram parceiras nos processos econômicos, sociais, culturais e políticas e ideologias de opressão. Os deuses davam a garantia da manutenção da ordem social e através dos seus exemplos eram retiradas as premissas para a organização das comunidades.
No mundo pagão da antiguidade o caos era sinal de poder, contanto que fossem obedecidas as suas regras e autoridades. Os deuses egípcios, gregos e romanos, expressavam todas as crenças e descrenças da humanidade, e, difundiram em grandes escalas a dicotomia da vida humana. Em Roma onde o estado romano era o empresário deles, nunca houve uma preocupação em resolver problemas entre os seus adeptos, aliás, além dos de casa, a cada conquista de outras regiões, o número de deuses aumentava. No período republicano conviveram com uma multidão de deuses, onde se afirmava que existiam cidades com maior número de deuses do que a própria população. Os sacerdotes eram responsáveis pelo direito de regular as relações entre os homens, segundo a vontade dos deuses, que a comunicavam apenas a eles durante as cerimônias religiosas. Eram os sacerdotes que os comunicavam, caso por caso, constituindo-se desta forma como os primeiros advogados de Roma. Esta estrutura foi sucumbida muito tempo depois, após o surgimento do monoteísmo através do estoicismo e depois com o judaísmo e por fim, com o triunfo do cristianismo.
A PAZ DO SENHOR! Rafael Jácome
Nenhum comentário:
Postar um comentário