Consultor: Rafael Jácome
O bairro do alecrim é talvez o pólo de maior viagem do município de Natal, devido a sua complexidade de unidade do gigantesco comércio, acessibilidade, residências, igrejas, feiras populares, escolas, camelôs, bares, cemitério e muito mais, que o transforma no mais visitado da capital. Devido a sua localização estratégica e da facilidade do acesso aos demais corredores de circulação viária da cidade, o bairro é o local que mais arrecada ICMS no estado, apesar da informalidade dos ambulantes.
Os números são impressionantes: 6 mil empresas formalizadas, 60 mil empregos diretos e indiretos, 10 mil empresários, 12 milhões de pessoas circulam mensalmente pelo bairro e 40 linhas de ônibus passam diariamente pela região, segundo dados da Associação dos Empresários do Bairro do Alecrim (Aeba), o Sr. Ailson Carvalho Feitosa.
Um dos marcos da ocupação das terras que originaram o bairro do Alecrim foi a inauguração do cemitério público. Na época, raríssimas pessoas habitavam o descampado, constituído por roçados e algumas casinhas de taipa. Em 1929, foi traçado o Plano de Sistematização para expansão urbana da cidade, com avenidas e ruas largas.
Em 1941, com a instalação da Base Naval, o bairro teve acelerado o seu processo de urbanização, quando se registrou um aumento da população com a vinda de pessoas do sertão e de outras regiões.
A região tem como marca registrada o comércio de produtos populares, como sapatarias, lojas de tecidos, produtos agrícolas e barbearias que resistem ao tempo. Há bares e esquinas com jogo do bicho, uma tradição do lugar. Em 1980, foi erguido um “camelódromo” no trecho da avenida Presidente Bandeira. A desorganização e a falta de controle dos órgãos públicos para com estes comerciantes trouxeram o encadeamento de complicações urbanas como a desordem no sistema de trânsito do bairro, observada na falta de estacionamentos para os veículos e nos freqüentes acidentes nas suas ruas, estes causados, basicamente, pelas irregularidades das barracas que ocupam áreas impróprias para a prática do comércio – ruas e calçadas. No bairro também acontece uma das feiras mais tradicionais da cidade, além do mercado público.
O bairro possui 22 escolas e seis equipamentos de saúde. Apresenta uma população de 32.356 habitantes e 8.650 domicílios particulares e está localizado na parte central do município de Natal. Cerca de 95% da sua população residem em casas, enquanto que apenas 3,78 % residem em apartamentos. De acordo com os setores censitários do IBGE (2000), uma grande parte desses domicílios são alugados.
O bairro não apresenta problemas quanto à coleta de lixo, abastecimento de água e o escoamento do esgoto. A maioria dos imóveis está conectada à rede geral. Por ser um bairro central, apresenta uma rede de infra-estrutura eficiente.
Ao se analisar a área de influência de acordo com os rendimentos, destaca-se que a região tem um rendimento nominal mensal médio de 4,86 SM, quase não havendo casos de pessoas responsáveis sem rendimento. Um fato importante a ser ressaltado é que a faixa de rendimento vai aumentando à medida que se afasta da linha férrea e se aproxima do bairro Tirol.
O Alecrim tem três conjuntos habitacionais: da Marinha, da CEF e da CEF Santa Marta.

Próximo ao terreno da RFFSA (“Maconhão”), há edificações em mau estado de conservação, e também precários barracos em madeira. Representantes da Caixa Econômica Federal sinalizaram, em reuniões com dirigentes da CBTU e representantes do Ministério das Cidades, que esta área teria viabilidade para um empreendimento habitacional voltado para a população de baixa renda, exatamente devido a proximidade com as estações ferroviárias. São passíveis de aplicação neste terreno: Programa Pró-Moradia, Programa de Subsídio à Habitação de Interesse Social – PSH, Pat – PROSANEAR.
A outra favela, um pouco maior, é chamada de “Ocidental de Baixo”, com uma população de 381 habitantes, 127 unidades habitacionais e 127 famílias. Apenas 1,4 % da população do bairro mora em favelas, apresentando em média 3,15 moradores por unidade habitacional.
O que a população espera dos gestores municipais é a implantação de equipamentos voltados para a educação, saúde, cultura, esporte e lazer, redes de coleta e de lixo melhorando a qualidade de vida, elevando os baixos índices de escolaridade e renda.
A importância do bairro do alecrim para a cidade de Natal é imensa. É evidente que os gestores públicos municipais não contribuem na devida proporção com um crescimento organizado da região. Geralmente nos seus planos de governo esquece-se de criar políticas voltadas para o bem estar social.
DEUS É FIEL! Rafael Jácome
2 comentários:
Veja:
Bairro do Alecrim – 100 anos
http://oultimodosmoicanos-claudiomar.blogspot.com/2011/10/bairro-do-alecrim-100-anos.html
Veja:
Bairro do Alecrim – 100 anos
http://oultimodosmoicanos-claudiomar.blogspot.com/2011/10/bairro-do-alecrim-100-anos.html
claudiomar.rolim@uol.com.br
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