domingo, 27 de junho de 2010

GANA, VITÓRIA E POBREZA CRÔNICA

Consultor: Rafael Jácome


        Finalmente um país do continente africano passa para as quartas de finais da Copa do Mundo. A conquista de Gana foi suada, brigada e na prorrogação, mas o que importa segundo Dunga é o resultado. Mas enquanto o mundo assistia a partida desta nação, eu estudava a sua situação política, social, cultural e econômica.

        Gana está situada no golfo do Guiné, na parte ocidental da África, alguns graus ao norte do Equador.   Conquistou sua independência em 1957, tendo por lema: “É melhor ser independente para governar sozinho, bem ou mal, do que ser governado por outros.” Em referência as diversas vezes que foi dominada por outros países, iniciando por Portugal.

         Se o lema era “bem ou mal”, a história confirma que precisam melhorar muito em suas políticas públicas. É um dos países pobres do mundo com 31.5% da população vivendo na linha abaixo da pobreza (1999). Sua taxa de natalidade é de 23,97 nascimento/1.000população (2005 est); com taxa de mortalidade de 10,84/1.000; expectativa de vida de 56 anos (2005); 350.000 pessoas contaminadas com o vírus da HIV/AIDS, com 30.00 mortes (2003).

         Rico em recursos naturais, suas maiores fontes de renda são a agricultura, a extração de madeira e a mineração. A agricultura é a atividade que mais emprega com 60% da mão de obra, a maioria pequenos produtores. Sua renda per capita é de U$ 2.300 (dois mil e trezentos dólares), duas vezes mais dos países pobres da África do oeste. Sua dívida externa é de U$ 7.396 (sete bilhões, trezentos e noventa e seis). Baseada no estímulo às exportações de cacau, gás, petróleo e, também, de minerais (ora prata, ora manganês), a economia não criou um número de empregos suficiente. Os poucos que há são malpagos.

         Isso provocou migrações internas e externas, das quais a mais conhecida é a de profissionais do setor de saúde. O êxodo mais importante diz respeito a milhares de jovens, pouco formados, mas instruídos, cujas rendas permitem – quando bem-sucedidos no exterior – que um grande número de famílias se mantenha acima do limiar de pobreza. Entre os muitos funcionários demitidos na época das reformas liberais adotadas nos anos 1980-1990, poucos encontraram trabalho. As fileiras desses desempregados durante muito tempo foram ampliadas pelo êxodo rural provocado pela pauperização dos campos.

         Em 2000, 80% da população ativa exerce alguma atividade no setor informal: por exemplo, camelôs não regulares. Na maior parte das grandes cidades, esse fenômeno derrota as autoridades, que respondem com medidas de segurança. Na verdade, as dificuldades da vida cotidiana e a corrupção cada vez maior corroeram a confiança que a população tinha no partido do poder — o Novo Partido Patriótico (NPP). País-símbolo, Gana não conseguiu traçar a via de um desenvolvimento autônomo, nem colocar em ação as transformações socioeconômicas necessárias.

         Em questões ambientais foram realizados com o governo de Gana acordos internacionais e tratados para a Biodiversidade, Mudanças Climáticas-Protocolo de Kyoto, Desertificação, Espécies ameaçadas, modificação ambiental, Lixo tóxico, Lei do mar, Proteção da camada de ozônio, Limpeza de navios, madeira tropical 83, madeira tropical 94 e pântanos. Foi assinado, mas ainda não ratificado o acordo de Conservação da vida marinha.

          Na religião os cristãos formam o maior número, seguidos pelos islamitas e outras crenças. Em termos de missões evangélicas encontramos várias Igrejas de diversas denominações com trabalhos voltados para a divulgação do Evangelho, levando solidariedade e amor para as comunidades carentes.

DEUS É FIEL!                 Rafael Jácome

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