Por Rafael Jácome
Lendo um trecho extraido do Livro "A Guerra dos Judeus" de Flavio Josefo, tive a convicção que o cara tinha conhecimento do Livro "A Arte da Guerra" de Sun Tzu. Se tiver dúvida leia o livro ou compare com o texto abaixo.
DE BOBO O JOSEFO NÃO TINHA NADA. SE QUER SABER DO RESTO DA HISTÓRIA, LEIA O LIVRO A GUERRA DOS JUDEUS DE FLÁVIO JOSEFO.
Lendo um trecho extraido do Livro "A Guerra dos Judeus" de Flavio Josefo, tive a convicção que o cara tinha conhecimento do Livro "A Arte da Guerra" de Sun Tzu. Se tiver dúvida leia o livro ou compare com o texto abaixo.
...Estando as coisas nesse pé, Jônatas e seus colegas
chegaram à
província; como não ousavam atacar-me
abertamente, procuraram surpreender-me e para isso escreveram uma carta cujas
palavras eram estas:
"Jônatas e seus colegas, enviados pelos
de Jerusalém,
a Josefo, saudação.
Os mais da cidade de Jerusalém,
tendo sabido que João,
de Giscala, vos armou diversas ciladas, mandaram-nos para fazer-lhe severas
recriminações
e ordenar-lhe que obedeça
exatamente, para o futuro, em tudo o que lhe determinardes mas, porque nós desejamos conversar
convosco, para prover com a vossa opinião, a todas as coisas, nós vos rogamos vir
prontamente ter conosco, sem grande acompanhamento, porque esta aldeia é muito pequena para
alojar um grande número
de soldados."
Esta carta fazia-os esperar que, se eu
os fosse encontrar, desarmado, eles poderiam sem dificuldade prender-me, ou,
se eu fosse com soldados, far-me-iam declarar rebelde. Um jovem cavaleiro,
muito corajoso e que outrora tinha servido ao rei, foi encarregado de trazer
esta carta; chegou na segunda hora da noite, quando eu estava à mesa com meus amigos
mais íntimos e os mais
ilustres dos galileus. Um dos meus homens veio dizer-me que um cavaleiro judeu
tinha chegado e eu ordenei que o fizesse entrar. Ele não cumprimentou a
ninguém e disse somente,
entregando-me a carta: "Eis o que vos escrevem os enviados de Jerusalém; dai-lhes a
resposta com urgência,
pois eu tenho de voltar imediatamente." Os que estavam à mesa comigo admiraram
a insolência do soldado, mas
eu roguei-lhe que se sentasse e ceasse conosco. Ele recusou-o. Então, tendo sempre a
carta na mão,
sem abri-la, continuei a conversar com meus amigos sobre diversas coisas.
Algum tempo depois, dei-lhes a boa noite, conservando somente quatro dos que
mais mereciam minha confiança,
e mandei que trouxessem vinho. Sem que ninguém percebesse, abri a carta; tendo
visto o que ela continha, tornei a dobrá-la, conservando-a
sempre na mão,
como se não
a tivesse aberto. Ordenei em seguida que dessem àquele soldado vinte dracmas para as
despesas de sua viagem. Ele as recebeu e agradeceu. Isso fez-me ver que ele
gostava de dinheiro e que assim não me seria difícil suborná-lo; então, eu lhe disse:
"Se quer beber conosco, dar-lhe-ei uma dracma, cada copo de vinho que
beber." Ele aceitou a condição e bebeu tanto, para ganhar muito,
que ficou embriagado. Não
lhe sendo mais possível
guardar segredo, não
foi preciso interrogá-lo
para fazê-lo afirmar que me
haviam armado ciladas e que eu tinha sido condenado a morrer. Estando assim
informado do projeto daqueles que o haviam mandado, eu lhes respondi deste
modo:
"Josefo, a Jônatas e aos seus
colegas, saudação.
Tenho tanto mais alegria em saber que chegastes bem à Galiléia, quanto me é assim fácil entregar em
vossas mãos o cuidado dos
interesses desta província
e satisfazer ao desejo que sinto, há muito tempo, de voltar a Jerusalém. Assim, iria
procurar-vos em Xalom e muito mais longe, quando mesmo não me tivésseis convidado para
isso. Mas, haveis de me perdoar se não posso fazê-lo agora, porque sou
obrigado a ficar em Chabolom, para vigiar Plácido e impedir que ele faça uma incursão na Galiléia. É, portanto, muito
mais conveniente que venhais aqui depois de terdes recebido minha resposta,
como vos peço."
Entreguei esta carta ao soldado e
mandei com ele trinta pessoas, das mais importantes da Galiléia, com ordem de
saudar somente os enviados, sem lhes falar de assunto algum; dei a cada um,
para acompanhá-los,
um dos meus soldados nos quais mais eu confiava, aos quais ordenei que
observassem cuidadosamente, se aqueles gentis-homens galileus falariam com jônatas. Os enviados de
Jerusalém, vendo-se assim
ludibriados na sua expectativa, escreveram-me outra carta, cujas palavras são estas:
"Jônatas e seus colegas a Josefo, saudação. Ordenamos-vos que
venhais dentro de três
dias encontrar-vos conosco em Gabara, sem acompanhamento de soldados, a fim de
que tomemos conhecimento dos crimes de que acusastes a João."
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