quinta-feira, 17 de junho de 2010

BARRO SALINAS

Consultor: Rafael Jácome




         Até a década de 40, Salinas tinha um cais de onde era feito o transporte de mercadorias e passageiros via fluvial. Na década de 50 houve uma tentativa infrutífera de se instalarem salinas no local.

        Após o fechamento das salinas, na década de 70, foi ali instalado um projeto de criação de camarões em cativeiro. O Projeto Camarão tornou-se realidade, em 1973, funcionou plenamente até 1976, com repercussão no Brasil e fora dele.

        Depois disso, mudanças político-administrativas no governo estadual fizeram reduzir a expressividade do projeto. A partir de então, a área foi ocupada por habitações precárias e irregulares, sem condições ideais de habitabilidade.

        Essas habitações ficaram conhecidas como Favela Beira-Rio que, recentemente – 2002, foi urbanizada, recebendo calçamento, iluminação, drenagem, posto policial e um muro de contenção par evitar alagamentos provocados pelas águas do rio Potengi, que constantemente ameaçavam os moradores locais. Além disso, foram construídas 51 novas casas e mais de 160 foram reformadas, beneficiando 211 famílias.

         A favela possui 550 habitantes, cerca de 62% da população local do bairro, 125 famílias e 112 unidades habitacionais, correspondendo em média à 4,9 moradores por domicílio.

        O bairro possui 203 domicílios particulares permanentes, 883 habitantes e uma densidade de 1,05 hab/há. Os 883 habitantes do bairro residem em casas, sendo que 87% desses imóveis já foram quitados e 8,4% são alugados.

        Em 90% dos domicílios, a forma de abastecimento de água é realizada através de rede geral, 82% do lixo é coletado e 11% do lixo é queimado na propriedade. Em relação ao tipo de esgotamento sanitário, 61% do esgoto é jogado no Rio Potengi e 30% dos domicílios utilizam fossa séptica.

        O rendimento nominal médio mensal é de 1,69 SM. Cerca de 30% das pessoas responsáveis pelos domicílios particulares permanentes recebem até 1 SM, 17% de 1 a 3 SM e 47% desses chefes não têm rendimento.

        O bairro possui um loteamento chamado Conjunto Residencial Jardim das Flores e somente uma creche municipal. Salinas faz parte da Zona de Adensamento Básico, cujos parâmetros urbanísticos são de 225 hab/há para densidade máxima e 1,8 para coeficiente de aproveitamento máximo.

        Ainda há uma área frágil, do ponto de vista ambiental, a ser regulamentada – a ZPA 8, que compreende o estuário do Rio Potengi e o Manguezal.

A PAZ DO SENHOR!                   Rafael Jácome



Nenhum comentário: