terça-feira, 29 de junho de 2010

Irmão Rafael Jácome

DA TUTELA DO PECADO A SALVAÇÃO EM CRISTO 



        O apóstolo Paulo deixa muito claro que todos nós, sem exceção, estamos debaixo do pecado. Somos escravos do pecado e ele afirma que a nossa natureza é pecaminosa e instiga ao mal. Procuramos realizar aquilo que não é do agrado de Deus e do seu projeto para a humanidade. Em Rm.3.10-11 encontramos: “Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer... Não há quem procure a Deus e faça o bem. "

        No Salmo 14.1 a afirmação é taxativa: “Não há ninguém que faça o bem”, mesmo assim olhou o Senhor para ver se havia algum que tivesse entendimento e buscasse a Deus (14.2). A verdade é que todos se desviaram do projeto divino do Pai. Da mesma forma encontramos no Sl.53 a expressão  contundente de que o homem “têm-se corrompido e têm cometido abominável iniqüidade; não há ninguém que faça o bem.” É, portanto, a iniquidade uma natureza, é o homem comum gerado no primeiro Adão, segundo a natureza do pecado.

        Teólogos afirmam que o invólucro da iniqüidade é a incredulidade, consequentemente é a rejeição a justiça de Deus e sua posição é a aversão e a rebelião as suas coisas. O próprio Davi reconheceu esta natureza em sua vida: “Eu nasci na iniqüidade, e em pecado me concebeu minha mãe.” (Sl 51.5). É isto que nos torna inúteis. Observem o que cita o apóstolo Paulo:

Rm.3.13 A sua garganta é um sepulcro aberto; com a língua tratam enganosamente; peçonha de áspides está debaixo de seus lábios;

Rm.3.14 cuja boca está cheia de maldição e amargura.

Rm.3.15 Os seus pés são ligeiros para derramar sangue.

Rm.3.16 Em seus caminhos há destruição e miséria;

Rm.3.17 e não conheceram o caminho da paz.

Rm.3.18 Não há temor de Deus diante de seus olhos.

        Entretanto, meus caros amigos, é possível se ver livre desta natureza pecaminosa. O rei Davi nos ensina no início do mesmo Salmo a suplicar a Deus: “compadece-te de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade. E, segundo a multidão das tuas misericórdias, apaga as minhas transgressões. Lava-me completamente da minha iniquidade, e purifica-me do meu pecado.” (Sl 51.1-2). Da mesma forma Paulo reconhece que todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, mas “sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus, ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus.” (Rm 3.24-26)

        É esta a força nova dos que aceitam Jesus como o único e suficiente Salvador e a única condição de Deus para a salvação do pecador. É a fé em Jesus Cristo através da sua redenção e do seu sangue, que deu a vida por todos nós, que justifica e salva e dá continuidade ao projeto de Deus para a humanidade. Com Cristo foi crucificado o nosso velho homem e destruído o corpo do pecado, e não o sirvamos mais como escravo. (Rm 6.6).

        Em seus comentários sobre a Epístola de S. Paulo aos Gálatas, Martin Lutero destaca que “o principal ponto... da lei... é fazer os homens não melhores, mas piores; isto é, mostrar a eles seu pecado, para que, ao conhecê-lo, possam ser humilhados, atemorizados, machucados e quebrados, e por esse meio sejam impelidos a buscar graça, e assim a vir àquela bendita Semente (Cristo).”

        Busquemos ao Senhor Jesus Cristo. É Ele a nossa vitória sobre o pecado: “porque eu, mediante a própria lei, morri para lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e este viver que agora tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.” (Gl 2.19-20)

DEUS É FIEL!                               Rafael Jácome

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