domingo, 26 de dezembro de 2010

O QUE FEZ LULA PELO NORDESTE?

  • Consultor Rafael Jácome
  • Transcrevo alguns trechos das matérias do JORNAL O POVO Online sobre a "ERA LULA" e suas políticas e consequências para a região nordeste. É uma forma de disponibilizar um espaço para o debate e a articulação de políticas públicas voltadas para o crescimento do país. Aos repórteres do Núcleo de Conjuntura do O POVO foi entregue uma tarefa complexa, para dizer o mínimo: compreender, analisar e explicar alguns dos aspectos centrais do que podemos chamar de era Lula - um dos períodos mais instigantes e repletos de nuances da história republicana. O resultado desse trabalho você confere a partir de hoje, em uma série que marca o fim dessa era, onde se analisa a condução, ao longo dos últimos oito anos, das políticas federais voltadas para a superação das disparidades regionais. Boa leitura.       
 
         Ao fim de cada eleição presidencial, vem o repórter e faz a mesma pergunta: o que fez Lula pelo Nordeste? Como não sou daqueles que querem estimular uma nova guerra da secessão no Brasil e não tenho preconceitos contra os nordestinos e o Nordeste, só posso orientar a resTranscrevo alguns trechos das matérias do JORNAL O POVO Online sobre a "ERA LULA" e suas políticas e consequências para a região nordeste. É uma forma de disponibilizar um espaço para o debate e a articulação de políticas públicas voltadas para o crescimento do país. Aos repórteres do Núcleo de Conjuntura do O POVO foi entregue uma tarefa complexa, para dizer o mínimo: compreender, analisar e explicar alguns dos aspectos centrais do que podemos chamar de era Lula - um dos períodos mais instigantes e repletos de nuances da história republicana. O resultado desse trabalho você confere a partir de hoje, em uma série que marca o fim dessa era, onde se analisa a condução, ao longo dos últimos oito anos, das políticas federais voltadas para a superação das disparidades regionais. Boa leitura.
 
posta para modelos de políticas públicas regionais e o confronto de seus resultados.

        Os gerentes da globalização proclamaram o fim da regionalização da economia, como moeda de troca da chamada “integração competitiva” na globalização financeira dos mercados.

        Segundo essa nova safra de estadistas, a prioridade era remover entraves nacionais à livre circulação de bens, serviços e capitais, e criar “nichos de competitividade” (Clusters) diretamente atrelados ao mercado internacional. Essa foi a política seguida por Fernando Henrique Cardoso, nos oito anos de seu governo. Resultado: aumento da desigualdade regional e a guerra fiscal.

        A política regional de Lula foi no sentido da desconcentração regional ou regionalização do orçamento, seja através de políticas compensatórias (tipo Bolsa Família), seja através de transferências voluntárias, seja através de altos investimentos em ciência e tecnologia, obras de infraestrutura, obras estruturadoras ou pela criação de vantagens locacionais que atraíssem investimentos privados para a região. Não é segredo para ninguém, que o governo praticou, através de bancos oficiais e agencias de fomento, uma modalidade de kenesianismo, usando o fundo público para estimular a atividade econômica, a geração de renda e emprego, aumentar o consumo das famílias, a demanda interna.

        O resultado dessa política foi a mudança da matriz econômica do Nordeste, a melhoria do nível de renda dos nordestinos, o aumento de investimentos públicos e privados na região e o crescimento econômica acima do índice nacional. Não há dúvida de que a escolha dos nordestinos em votar em Lula e sua candidata expressa uma escolha racional, no sentido do reconhecimento do resgate das políticas públicas de desenvolvimento regional. Intuitivamente, os nossos conterrâneos entenderam o xis da questão: votar na plutocracia da Avenida Paulista ou num projeto político que retome a questão regional como prioridade de governo?

        É difícil não admitir que a questão regional passou a ser o ponto nevrálgico da política brasileira. Ou se integra as regiões à comunidade nacional ou se cria uma fragmentação geopolítica do país, a partir dos chamados “Clusters”, aumentando a concentração de renda e abandonando os nordestinos pobres à sua própria sorte ou ao clientelismo das oligarquias estaduais. Pela primeira vez, todos os partidos e candidatos procuraram cortejar os votos dos nordestinos, entendendo que a sorte da eleição passava pelo Nordeste. O que não notaram ou viram é que o Nordeste e os nordestinos mudaram: mudou a matriz econômica do setor primário para o setor secundário e o terciário moderno. Mudou a sociedade civil nordestina, com os meios de comunicação, as ONGs, as entidades de base, as conferências municipais, os conselhos de usuários, os partidos políticos, etc.
        O Nordeste não é mais aquele do cangaço, da seca, do messianismo e da saudade. O Nordeste de hoje são os nordestes, cuja complexidade sub-regional, econômica, cultural e política se reflete no tabuleiro do poder em Brasília. Quem não se der conta disso, não governa o país. Antigamente, se dizia que o Nordeste precisava do Brasil: hoje é o Brasil quem precisa (e muito) do Nordeste e dos nordestinos.

Modelo Lula:
O resultado dessa política foi a mudança da matriz econômica do Nordeste

Mudança
O Nordeste não é mais aquele do cangaço, da seca, do messianismo e da saudade

Michel Zaidan Filho - Cientista político e professor da Universidade Federal de Pernambuco

 
JESUS TE AMA!                                                   Rafael jàcome

 


 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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