domingo, 12 de dezembro de 2010

O JARDIM DO ÉDEN E O DILÚVIO

Irmão Rafael Jácome



“ Depois, disse o Senhor a Noé: Entra tu e toda a tua casa na arca, porque te hei visto justo diante de mim nesta geração... Porque, passados ainda sete dias, farei chover sobre a terra quarenta dias e quarenta noites; e desfarei de sobre a face da terra toda substância que fiz. .. E as águas prevaleceram excessivamente sobre a terra; e todos os altos montes que havia debaixo de todo o céu foram cobertos.” (Gn 7.1.4.19)


        Antes de abordarmos sobre as narrativas do dilúvio no contexto da Bíblia e dos escritos mesopotâmicos, convém lembrar que o território geográfico abordado e o cenário são os mesmos, diferentes são os figurinos e as personagens. Geograficamente os estudiosos declaram que a área de abrangência do dilúvio compreendia a Mesopotâmia, a alta armênia, o Cáucaso e, a Palestina e a Arábia, tendo em vista que eram estas as populações existentes naquela época.

        Alguns autores afirmam que a população desta região era de aproximadamente um milhão de pessoas. Portanto, em termos geográficos abrangeu o “Crescente Fértil” e não teve a dimensão universal, atingindo, por exemplo, a nossa América do Sul. O fato é que para os historiadores, o dilúvio é um fenômeno histórico e, isto é muito mais importante do que sua área de abrangência.

         Outro detalhe importante é o fato de que todas as raças proviam de Sam, Cam e Jafé e que na dispersão, levaram consigo esta tradição. Portanto, o dilúvio tomou proporção universal e pelos quatros cantos do mundo daquela época e depois das grandes descobertas, o evento era narrado pelos gregos (Deucalião – espécie de Noé), pelos indios americanos, na Polinésia, no Tibete, na Austrália, ... 
 
        Cabe uma pergunta: Quais as causas do dilúvio? Na Bíblia temos o trecho que diz – “A terra, porém, estava corrompida diante da face de Deus; e encheu-se a terra de violência.” (Gn 6.11) Acontecimentos como a morte de Abel por seu irmão Caim, a instauração da poligamia, como sucedeu com Lameque e ainda “viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram.” (Gn 6.2) Era um cenário triste e tendencioso para a ruína humana. Então, o objetivo do dilúvio era destruir a raça humana.

        Mas o que confirma a veracidade do dilúvio? O arqueólogo Woolley foi o responsável pela descoberta deste fenômeno. A sua persistência em conhecer melhor a região diluviana, o vez descobrir vários monumentos, construções, habitações, utensílios,... Entre as descobertas estavam os “túmulos de Ur”. A estratégia utilizada foi a perfuração de diversos poços profundos, onde diversas camadas de tempos históricos diferentes comprovavam a existência da civilização mesopotâmica e da camada final do período antidiluviano, com as descobertas de detritos com aspectos primitivos, provenientes do Período da Idade das Pedras. Segundo Woolley a catástrofe cobriu, ao nordeste do golfo pérsico, uma extensão de seiscentos e trinta quilômetros por cento e sessenta de largura.

        Com sua descoberta, Woolley não somente derrubou a idéia fixa dos céticos de ser apenas uma fábula, lenda ou fantasia, mas que realmente foi um evento ocorrido numa época histórica determinada.

DEUS É FIEL!                            Rafael Jácome

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