quinta-feira, 7 de junho de 2012

DEUS, A DÚVIDA E A JUSTIFICAÇÃO DE QUEM DUVIDA (2)

Por Rafael Jácome


Apesar das diversas teorias e visões na filosofia dos conceitos de dúvida e verdade, é bom ressaltar a ideia de Paul Tillich em sua “Justificação de Quem Duvida”, ele nos fala que:

A dúvida sincera não separa de Deus, mas é expressão do fundamento da fé. Isto porque a dúvida significa na verdade uma confissão na busca pela verdade. Como para o fiel toda verdade tem de ser divina (se algo é verdade, não pode provir do “pai da mentira”), toda verdade é, de fato, expressão da Verdade. Não pode haver duas verdades, uma natural e outra sobrenatural. A dúvida, então, é expressão da Verdade através do reconhecimento de sua ausência. (...) A dúvida é, pois, inerente a fé, e não pode ser vencida por qualquer forma de repressão cognitiva. Ela tem de ser vivenciada com coragem, e a coragem aponta para uma vitória sobre a dúvida que engloba a manutenção da dúvida. Se nada da dúvida permanecesse, a coragem não seria coragem. A vitória da coragem sobre a dúvida é real, mas fragmentada.” TILLICH, A dinâmica da fé-  p-16-9 e 65-6.


           

Nenhum comentário: