Por Rafael Jácome
Apesar
das diversas teorias e visões na filosofia dos conceitos de dúvida e verdade, é
bom ressaltar a ideia de Paul Tillich em sua “Justificação de Quem Duvida”, ele
nos fala que:
“A dúvida sincera não
separa de Deus, mas é expressão do fundamento da fé. Isto porque a dúvida
significa na verdade uma confissão na busca pela verdade. Como para o fiel toda
verdade tem de ser divina (se algo é verdade, não pode provir do “pai da
mentira”), toda verdade é, de fato, expressão da Verdade. Não pode haver duas
verdades, uma natural e outra sobrenatural. A dúvida, então, é expressão da
Verdade através do reconhecimento de sua ausência. (...) A dúvida é, pois,
inerente a fé, e não pode ser vencida por qualquer forma de repressão
cognitiva. Ela tem de ser vivenciada com coragem, e a coragem aponta para uma
vitória sobre a dúvida que engloba a manutenção da dúvida. Se nada da dúvida
permanecesse, a coragem não seria coragem. A vitória da coragem sobre a dúvida
é real, mas fragmentada.” TILLICH, A dinâmica da fé- p-16-9 e 65-6.
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