Recebi do amigo Valtemir Moura este email e gostaria de compartilhar com meus leitores. Aproveito para comunicar que este espaço é aberto para todos que queiram colaborar com a melhoria da qualidade das mensagens, do debate e torná-lo mais participativo. Mandem seus emails para rafaeljacome2008@gmail.com. Um forte abraço.
Caro
Rafael. Já retornei das férias. Quando estiveres em sua nova sala, organize a
visita. Aproveitando a lembrança de vários temas que conversamos, envio o que se
segue:
"A lua
conta os resíduos do passado exige oração e vigilância, como Jesus ensinou. Não
obstante a idealização do Diabo, como personificação mitológica do Mal, todas
as grandes religiões reconhecem que a tentação está dentro de nós mesmos.
Muito mais que a influência dos espíritos inferiores, o que nos arrasta de
volta aos velhos caminhos do erro são as próprias tendências que trazemos em
nosso íntimo. A oração consciente, feita com sinceridade e fé, areja o nosso
íntimo, lança a sua luz sobre as escuras paisagens interiores da alma,
fazendo-nos discernir o contorno real das coisas. Nada se modifica em nós, mas
iluminamo-nos por dentro. E se mantivermos a nossa vigilância na que nos convém
e o que não nos convém. Poderemos então repetir com Paulo: Tudo me é lícito,
mas nem tudo me convém. E, seguindo assim o caminho que a prudência
esclarecida nos indica, tudo modificaremos para melhor em nós mesmos,
tornando-nos aptos a auxiliar os outros a se melhorarem.
Temos a
cada instante, a cada minuto, diariamente em nossa vida a experiencia de
Deus. Porque a própria vida é, em si mesma, essa experiência. Desde o
momento em que nascemos até o instante final da nossa existência estamos em
relação permanente com Deus, não o Deus particular desta ou daquela igreja, mas
o Deus em espírito e matéria que se manifesta numa haste de relva, na beleza
gratuita de uma flor, no brilho de uma esrtrela, num perfume, numa voz, numa
nota musical isolada, num aperto de mão e principalmente numa idéia, num
sentimento, numa aspiração que brota do anseio de transcendência da nossa alma.
O que nos falta é estar mais atentos, mais despertos para a percepção
consciente desses múltiplos e infindáveis milagres da vida cotidiana. O homem
sem Deus é somente aquele que se nega a aceitar a presença de Deus em si e em
seu redor. Para esse homem, a meditação é um ensaio no campo da frustração, um
mergulho no mundo opaco do sem-sentido." (Herculano Pires).
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