Por Rafael Jácome
Os Meios de Comunicações destacam a prática atual nas
igrejas cristãs, principalmente as evangélicas, de viver ansiosamente no imediatismo salvífico, numa espécie de
filosofia do presente. Os problemas sociais vivenciados pelos fiéis, frutos da falência
ou ineficiência dos mecanismos governamentais, tais como saúde, educação,
habitação, emprego,... levam as pessoas a buscarem na religião uma
proposta de solução “aqui e agora”, como é apresentada por algumas igrejas.
Neste
contexto as pessoas apostam tudo o que possuem e até o que não possuem, para
ter uma mudança de vida. Assim surgem algumas igrejas baseadas na Teologia da
Prosperidade, destacando e relacionando esta “mudança de vida” pela forte
influência do comércio religioso de bens simbólicos, mediado pela igreja e
coordenado por seu responsável (pastor ou líder).
Mesmo
ocorrendo uma conversão genuína, o novo convertido muitas vezes é manipulado,
submetendo-se a “autoridade” do especialista da igreja. Entretanto, geralmente ocorrem
divergências entre a realidade desejada, as pretensões do novo convertido e a
Vontade de Deus. Nestas igrejas a “espiritualidade de mercado” conduz ao
engano, confunde a alma e a espiritualidade comercializada torna-se uma grande
idolatria.
Temos
acompanhados o aumento substancial de evangélicos em todas as regiões
brasileiras, entretanto é “questionada” a qualidade e a essência de suas vivências
evangélicas no cotidiano. Os alicerces são construídos de formas aleatórias
voltados para o imediatismo e a superabundância divina. É lamentável o
envolvimento de tantos líderes evangélicos em manobras financeiras, aliás, o
que é visto no grande império católico romano, é também presenciado nas demais igrejas.
Não que o crente não tenha uma boa preparação em sua experiência inicial com
Deus, mas ela é camuflada pela glória do TER.
Os falsos mestres e os perigos da riqueza – “Se alguém ensina outra doutrina e
não concorda com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com o ensino
segundo a piedade, é enfatuado, nada entende, mas tem mania por questões e
contendas de palavras, de que nascem inveja, provocação, difamações, suspeitas
malignas, altercações sem fim, por homens cuja mente é pervertida e privados da
verdade, supondo que a piedade é fonte de lucro. De fato, grande fonte de
lucro é a piedade com o contentamento. Porque nada temos trazido para o mundo,
nem coisa alguma podemos levar dele. Tendo sustento e com que nos vestir,
estejamos contentes. Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada,
e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens
na ruína e perdição. Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e
alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com
muitas dores.” (1 Tm 6.3-10)
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