Por Rafael Jácome
Outro dia uma amiga me escreveu dizendo que o título de um dos
meus escritos estava redundante, quando eu perguntava: “É justo ser injusto na
Justiça?” Respondi que redundante era a falta de vergonha e coerência de alguns
que deveriam preservar a verdade e a justiça, mas cometiam atos plenos de
iniquidade.
São exatamente estas pessoas que com suas capas encobrem a honra e
a dignidade e com suas soberbas pessoais, se vendem em detrimento do
cumprimento da honradez e dignidade do ser humano. Finalizando a resposta a
minha amiga, concluí: “Estamos cansados de tanta corrupção e desmando em nossa
Justiça e daqueles que a fazem.”
Em alguns dicionários
encontramos o seguinte conceito de justiça: é a virtude moral que inspira o
respeito aos direitos de outrem e que faz dar a cada um o que lhe pertence.
O que leva, então, juízes, desembargadores,
advogados, ministros e demais pessoas ligadas ao Regime Jurídico Constitucional,
a lutar por seus interesses próprios ou de grupos a cabo da verdade? Sabemos
também que no meio deste joio, existem verdadeiros baluartes que assim como
Abraão guardam o caminho do Senhor a fim de que pratiquem a justiça e o juízo (Gn 18.19).
Não é a toa que encontramos na Bíblia um enorme
acervo de citações, preservando a sua grandeza e magnitude. No Salmo 23 o
salmista pede para que seja guiado pelas veredas da justiça; no Salmo 85.10
poeticamente cita que a justiça e a paz se beijaram; em Pv 11.18 afirma quem
semeia justiça terá recompensa; Isaías categoricamente declarou que a justiça era
o cinto dos seus lombos; Jó, em seu livro, testemunha que se cobriu de justiça
e esta lhe servia de veste, (Jó 29.14)... Enfim, são muitos exemplos da
magnitude da justiça e de testemunhos de homens honrados e justos.
Portanto, o problema não está na lei, mas
naqueles que devem preservá-la. Podemos continuar aceitando os seus erros?
Aonde pode haver sociedade entre a iniquidade e a Justiça? (2 Co 6.14)
É
em paz que se semeia o fruto da justiça,(Tg
3.18). Mortos aos pecados, vivamos para a justiça , (1 Pe 2.24).
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