Por Rafael Jácome
Na
história das civilizações o homem buscou sua própria superação e inventou novas
oportunidades de sobrevivência e de relacionamento com o seu meio. Diante de
suas dúvidas criou ações impactantes formando novas segmentações nos movimentos
sociais, políticos, religiosos, culturais, sindicais e novas ordens sociais.
Basta ver dentro do contexto do cristianismo, nos movimentos monásticos, na
Inquisição, na reforma protestante ou ainda em movimentos religiosos como o
surgimento do islamismo e na propagação das seitas religiosas. Os grandes movimentos
surgem quando no sistema social são amadurecidas as condições econômicas,
sociais e culturais que provocam a efetivação da Nova Ordem. Max Weber utilizou
a expressão Estado Nascente para definir o carisma dos movimentos em sua fase
inicial. As transformações surgem a partir da idéia do indivíduo, desde uma
simples experiência, do modo de ver o mundo e se relacionar com ele e na
capacidade de mobilização do coletivo. O líder carismático, obsessivo, dinâmico
e sagaz não produz sozinho o movimento transformador na humanidade.
Do
indivíduo advêm as ações impactantes que se tornam coletivas. Dois ou três se
encontram, formam, organizam e começam a criar uma ação impactante em comum.
Assim ocorreram e ocorrem em todos os fenômenos históricos da humanidade, desde
o simples fato do enamoramento (é o estado nascente de um movimento coletivo a
dois) de um casal às lutas sindicais: algo se transforma de imediato e os
envolvidos largam tudo para vivenciar a experiência. Quem não é envolvido por
esta atmosfera de movimento brusco, imediato, explosivo, na qual o indivíduo
sente uma mudança interior e diferente do seu comportamento anterior, não fará
parte do processo. Isto acontece em todos os aspectos da vida do homem. Quando
isto não mais ocorre, as pessoas são tragadas pelo próprio desafeto e abandonam
os seus ideais.
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