domingo, 28 de abril de 2013

A águia ferida por uma flecha

Por Rafael Jácome
Fonte: Extraído da Internet

 

Voava uma águia nas alturas quando foi atingida por uma flecha e caiu ao chão, mortalmente ferida.

 Em seus últimos momentos, a águia reparou que a flecha que a havia ferido trazia penas em uma das extremidades.

"Triste o nosso fim", lamentou a águia, "que damos ao inimigo as armas para nossa própria destruição".

 

Uma história de amor

 
Por Rafael Jácome
 
A presença de Deus em minha vida é algo extraordinário! O seu amor preferencial por mim, me fez perceber que tudo é no tempo que Ele que nos reservou e as bençãos são atingidas quando sabemos esperar no Senhor. Este vídeo é uma demonstração que Ele faz as coisas melhores para nós e isto é para quem crêr. Louvado seja o Nome do Senhor Jesus!
 
 
 

Geny Vitória no banho

 
Por Rafael Jácome
 
Deus nos dá a verdadeira alegria quando nos colocamos ao seu serviço. Louvado seja o nome do Senhor Jesus Cristo por tudo quanto nos tem dado e pelas inúmeras vitórias que transformam nossa vidas. Geny Vitória foi com certeza o maior presente de Deus. Neste vídeo ela está relaxada, tomando o seu banho na presença da mamãe e do papai. Vejam!
 
 
 
 

O Espírito está pronto, mas a carne é fraca

Por Rafael Jácome
Fonte: Extraído do livro Esmurrando o corpo
Watchman Nee


Permita-me perguntar-lhe: Você é o senhor de seu corpo, ou você é seu escravo? Ele se submete às suas ordens, ou você se entrega aos seus desejos?

O seu corpo regularmente exige que você dur­ma, e esta exigência é permitida. Deus dividiu o tempo em dia e noite, provendo ao homem uma oportunidade de descansar; e, se o homem fizer pouco caso da provisão divina, ele não fará isto sem sofrer a pena. Por outro lado, se ele per­mite que o seu corpo governe e deixa que ele dur­ma quando quer que este se sinta inclinado a fa­zê-lo, ele se tornará mole e preguiçoso para tra­balhar. Normalmente, é certo dar ao corpo oito horas de descanso por dia. Porém, quando os in­teresses do Senhor o requerem, temos que redu­zir as horas de sono, ou até deixar de dormir por uma ou duas noites. Aquela noite, no jardim do Getsêmani, o Senhor tomou à parte três de seus discípulos e disse-lhes: "A minha alma está pro­fundamente triste até à morte; ficai aqui e vi­giai". Mas quando voltou da oração, Ele os achou dormindo, e disse a Pedro: "Simão, tu dormes? Não pudestes vigiar nem uma hora?" Não, eles não podiam vigiar com o nosso Senhor nem por uma hora; a súplica pelo sono os venceu. O que está errado em querer dormir à noite? Nada. Mas, se o Senhor nos pede para vigiarmos com Ele e nós obedecemos às súplicas de nosso corpo, invés de Lhe obedecermos, teremos falhado como Seus servos. Isto não quer dizer que podemos ficar eternamente sem dormir, pois somos seres humanos e não espíritos; mas isto, na realidade, significa que se queremos satisfazer a necessidade do Senhor, devemos manter constantemente o corpo sob con­trole, para que este se torne acostumado à fadiga.

O que significa correr a corrida? Significa fa­zer alguma coisa excepcional. Normalmente, ca­minhamos gradativamente, dando um passo após o outro, mas na corrida temos que apressar o pas­so. Portanto o corpo é chamado para exercer um esforço extra. Como regra, podemos permitir-nos oito horas de sono; porém, quando o serviço de Deus exige estas horas, devemos estar preparados para reduzir nossas horas de descanso; é quando isto ocorre, que devemos esmurrar o corpo. Quan­do nosso Senhor achou seus discípulos dormindo, depois de ter-lhes seriamente pedido que vigias­sem, Ele expôs o problema: "O espírito, na verda­de, está pronto, mas a carne é fraca". De que adianta ter um espírito pronto se a carne é impo­tente para fazer o que o espírito deseja? Se a car­ne está fraca, mesmo um espírito pronto não po­de manter você acordado. Se você deve vigiar com o Senhor quando Ele pede, você irá precisar de um corpo pronto tanto quanto um espírito pronto. O corpo não é um estorvo, é um servo que neces­sita de treinamento para servir bem; e o treina­mento tem que ocorrer sob circunstâncias, costu­meiras para que então, este esteja sempre pronto para satisfazer a exigência de circunstâncias ex­traordinárias.

O Bispo Agostinho

Por Rafael Jácome
Fonte: Extraído do Livro História do Cristianismo
A.Knight e W. Anglin

     Agostinho, bispo de Hipona, foi uma das luzes mais resplandecentes que jamais brilharam na igreja. Des­cendia de uma família nobre, e nasceu em Tegaste, uma pequena aldeia da Numídia, no ano 364. 0 pai era pagão, mas a mãe, que se chamava Mônica, era uma senhora muito piedosa, de cujos conselhos fiéis e carinhosos Agosti­nho sempre se recordava com ternura. Ambrósio conhecia-a bem e disse-lhe: '.'Tenha coragem; um filho de tanta ora­ção e lágrimas nunca se poderá perder". Agostinho recebeu uma boa educação e bem depressa ficou sendo o primeiro aluno na escola de retórica; mas mesmo na sua mocidade era notável pelo seu péssimo comportamento. Costumava enganar os seus professores e os seus pais com mentiras sem conta, e estava tão escravizado pela gula que chegava a praticar furtos na mesa e na adega de seus pais. A sua consciência estava adormecida.
O pai de Agostinho morreu enquanto o filho era ainda muito novo, mas morreu só depois de as orações de Mônica a favor de seu marido obterem resposta e ele ter achado paz para a sua alma no Salvador de sua esposa. Animada por este fato, a piedosa senhora continuou a orar por seu fi­lho, confiada em que a sua fé seria recompensada, apesar de a resposta à sua oração parecer que tardava. Desde os dezenove até aos vinte e oito anos foi Agostinho professor de retórica; e indo para Cartago durante este período foi imediatamente reconhecido como o melhor retórico da ci­dade. Mas apesar disso o seu mau comportamento conti­nuou, e ele confessou que o desejo de obter os louvores do povo era a paixão que dominava a sua vida. Mas isso não era ainda tudo. A sua sede de popularidade juntava-se uma grande concupiscência que o seduzia e que o conser­vou preso à maldade por muitos anos. Pouco mais ou me­nos por esse tempo chegou-lhe às mãos uma cópia do "Hortenses", de Cícero, que lhe fez uma certa impressão e obrigou-o a refletir, mas a filosofia humana não era ade­quada à profunda necessidade da sua alma, e o livro não lhe forneceu um bem permanente. Depois disto teve a des­graça de ler ainda outros livros de filosofia que o afastavam cada vez mais da verdade, e só no ano 384, quando visitou Milão, é que foi capaz de se desembaraçar das malhas en­ganadoras da rede das mentiras. Foi ali que, sob o conselho de Ambrósio, ele começou a estudar as Escrituras Sagra­das com o mais feliz resultado. Ficou imensamente im­pressionado, e viu, pela primeira vez, a sua deformidade moral no espelho da verdade divina. Ficou admirado com a sua maldade e, desde então, procurou a Deus com toda a sinceridade. Ouvindo falar em certa ocasião, da conversão de alguns fidalgos romanos, exclamou: "Esta gente toma o reino do Céu à força, enquanto nós, com a nossa sabedoria, estamos vivendo no pecado". Por fim, depois de uma disci­plina de alguns meses e de uma espera penosa mas provei­tosa, foi convertido por meio de Ambrósio. Sua mãe, tendo visto satisfeito o seu último desejo na terra morreu no ano seguinte, exclamando na linguagem do velho Simão: "Agora, Senhor, despedes em paz a tua serva, pois já os meus olhos viram a tua salvação".
Depois da sua conversão, Agostinho esteve retirado pelo espaço de três anos, e durante esse tempo estudou as Escrituras Sagradas com muito aproveitamento.
Quando tornou a aparecer em público foi ordenado presbítero, e foi um pregador célebre em Fippo Rígio, onde alguns anos mais tarde foi elevado a bispo. Por todo o resto da sua vida continuou sempre a ser um fiel ministro da verdade, e distinguiu-se principalmente pela habilidade e energia com que combatia as doutrinas de um herege, Mani, e as de Pelágio. Afirmam muitos que o zelo de Agosti­nho contra Pelágio conduziu-o a crer no fatalismo, e talvez esta acusação seja justa.
Porém o seu tema favorito foi sempre a livre graça de Deus, porque, como Paulo, sabia de que tinha sido liberta­do, e podia gloriar-se nas palavras do apóstolo: "Pela graça somos salvos por meio da fé; e isto não vem de nós: é dom de Deus" (Ef 2.8).
Este bispo fiel morreu em Hipona, no ano 430, justamente quando os vândalos sitiavam a cidade.

A Carta de Plinio

Por Rafael Jácome
Fonte: Extraído do Livro A História do Cristianismo
A; Knight e W. Anglin


 

A carta de Plínio ao imperador e a resposta deste, são cheias de interesse. Um dos períodos dessa carta rezava assim:
"Todo o crime ou erro dos cristãos se resume nisto: têm por costume reunirem-se num certo dia, antes do romper da aurora, e cantarem juntos um hino a Cristo, como se fosse um deus, e se ligarem por um juramento de não co­meterem qualquer iniqüidade, de não serem culpados de roubo ou adultério, de nunca desmentirem a sua palavra, nem negarem qualquer penhor que lhes fosse confiado, quando fossem chamados a restituí-lo. Depois disto feito, costumam separar-se e em seguida reunirem-se de novo, para uma refeição simples da qual partilham em comum, sem a menor desordem, mas deixaram esta última prática após a publicação do edital em que eu proibia as reuniões, segundo as ordens que recebi. Depois destas informações julguei muito necessário examinar, mesmo por meio da tortura, duas mulheres que diziam ser diaconisas, mas nada descobri a não ser uma superstição má e excessiva". Isto era tudo o que Plínio podia dizer. Não é para admirar que um homem estranho à graça de Deus visse na religião de Jesus Cristo, desprezado e humilde, apenas uma su­perstição má e excessiva. Não é motivo de admiração que o urbano e instruído governador, cuja fama era conhecida no mundo inteiro, escrevesse com tal desdém a respeito de um povo cujas opiniões eram diferentes das suas. "O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, por­quanto se discernem espiritualmente" (1 Co 2.14).

 

Assassinato de Timóteo

Por Rafael Jácome
Fonte: Extraído do Livro História do Cristianismo
A.Knight e W. Anglin


 Timóteo sustentou virilmente a verdade, na mesma ci­dade, até o ano 97, em que foi morto pela turba numa festa idolatra. Muitos homens do povo, mascarados e armados de paus, dirigiam-se para os seus templos para oferecer sa­crifícios aos deuses, quando este servo do Senhor os encon­trou. Com o coração cheio de amor, encaminhou-se para eles, e lembrando-se talvez do exemplo de Paulo, que pou­cos anos antes tinha pregado aos idolatras de Atenas, fa­lou-lhes também do Deus vivo e verdadeiro. Mas eles não fizeram caso do seu conselho, zangaram-se por serem re­provados e, caindo sobre ele com paus, bateram-lhe tão desapiedadamente, que expirou poucos dias depois.

E agora, lançando a vista por um momento para os tempos passados, encontram-se, de certo, na história destas primitivas perseguições, muitos exemplos para dar ânimo e coragem aos nossos corações. Em vista de tais sofrimen­tos, não se pode deixar de admirar o ânimo dos santos, e agradecer a Deus a graça pela qual eles puderam suportar tanto com tão sofredora paciência.

Nem a cruz, nem a espada nem os animais ferozes, nem a tortura, puderam prevalecer contra aqueles fiéis discípu­los de Jesus Cristo. Quem os poderia separar do seu amor? Seria a tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fo­me, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Não! Em todas essas coisas eles foram mais do que vencedores por meio daquele que os amou. Não lhes dissera o Senhor que de­viam esperar tudo isso? Não tinha Ele dito aos seus discí­pulos, quando ainda estava entre eles: "No mundo tereis aflições"? e não era bastante compensação para os seus so­frimentos, que duraram poucos anos, a brilhante esperan­ça da glória eterna que Ele lhes tinha dado?

Depois de mais alguns anos, tanto perseguidores como perseguidos teriam deixado este mundo, e passado para a eternidade; então - que grande mudança! Para os primei­ros, a escuridão das trevas para sempre; para os últimos, aquele "peso eterno de glória muito excelente". Que con­traste

Perseguição a João

Por Rafael Jácome
Fonte: Extraído do Livro História do Cristianismo
A. Knight e W. Anglin


Pouco se sabe a respeito desta perseguição; mas esse pouco é sem dúvida interessante. E entre os muitos márti­res que sofreram, encontra-se João, o discípulo amado de Jesus, e Timóteo, a quem Paulo escreveu com tão afeiçoada solicitude. Diz a tradição que o primeiro foi lançado, por ordem do tirano, numa caldeira de azeite fervente mas, por um milagre, saiu de lá ileso. Incapaz de o ferir no corpo, o imperador desterrou-o para a ilha de Patmos, onde foi obrigado a trabalhar nas minas. Foi ali que ele es­creveu o livro de Apocalipse, e teria sem dúvida terminado ali mesmo a sua vida, se não fosse a inesperada morte do imperador, assassinado pelo próprio administrador da sua casa, no dia 18 de Setembro de 96 d.C. Sendo então o após­tolo João posto em liberdade, voltou para Éfeso, onde es­creveu a sua história do Evangelho e as três epístolas que têm o seu nome.

Parece que ali, como sempre, foi levado em toda a sua vida pelo amor, e quando morreu, na avançada idade de cem anos, deixou, como legado duradouro, este simples preceito: "Filhinhos, amai-vos uns aos outros". Frase sim­ples esta, e pronunciada há muitos anos, mas qual de nós tem verdadeiramente aprendido o seu sentido?

 

Libertação, a ação que liberta a liberdade cativa

Por Rafael Jácome
Fonte: Extraído do Livro A águia e a galinha
Leonardo Boff


Libertação significa a ação que liberta a liberdade cativa. É só pela libertação que os oprimidos resgatam a auto-estima. Refazem a identidade negada. Reconquistam a pátria dominada. E podem construir uma história autônoma, associada à história de outros povos livres.

– Oprimidos, convencei-vos desta verdade: a libertação começa na vossa consciência e no resgate da vossa própria dignidade, feita mediante uma prática conseqüente. Confiai. Jamais estareis sós. Haverá sempre espíritos generosos de todas as raças, de todas as classes e de todas as religiões que farão corpo convosco na vossa nobre causa da liberdade. Haverá sempre aqueles que pensarão: cada sofrimento humano, em qualquer parte do mundo, cada lágrima chorada em qualquer rosto, cada ferida aberta em qualquer corpo é como se fosse uma ferida no meu próprio corpo, uma lágrima dos meus próprios olhos e um sofrimento do meu próprio coração. E abraçarão a causa dos oprimidos de todo o mundo. Serão vossos aliados leais.

James Aggrey incentivava em seus compatriotas ganenses tais sentimentos de solidariedade essencial. Infelizmente não pôde ver a libertação de seu povo. Morreu antes, em 1927. Mas semeou sonhos.

A libertação veio com Kwame N'Krumah, uma geração após. Este aprendeu a lição libertária de Aggrey: Apesar da vigilância inglesa, conseguiu organizar em 1949 um partido de libertação, chamado Partido da Convenção do Povo.

N'Krumah e seu partido pressionaram de tal maneira a administração colonial inglesa, que o governo de Londres se viu obrigado, em 1952, a fazê-lo primeiro-ministro. Em seu discurso de posse surpreendeu a todos ao proclamar: "Sou socialista, sou marxista e sou cristão".

Obteve a sua maior vitória no dia 6 de março de 1957 quando presidiu a proclamação da independência da Costa do Ouro. Agora o país voltou ao antigo nome: Gana. Foi a primeira colônia africana a conquistar sua independência.

Gana tem hoje 238.537 quilômetros quadrados, com densa selva tropical ao sul, atravessada pelo grandioso rio Volta de 1.600 quilômetros de comprimento. A represa Akossombo, feita com o rio, forma um imenso lago de 8.482 quilômetros quadrados, numa extensão de quatrocentos quilômetros. A capital é Accra, com ,cerca de 700 mil habitantes numa população total de 16,4 milhões de pessoas. Estima-se que 2000 Gana terá 20 milhões de habitantes.

Se aplicarem os ideais de James Aggrey, consolidarão sua identidade e autonomia. E avançarão pouco a pouco no sentido de uma concidania participativa e solidária.

A libertação se efetiva na prática histórica

Por Rafael Jácome
Fonte: Extraído do Livro A águia e a galinha
Leonardo Boff


Toda colonização – seja a antiga, pela invasão dos territórios, seja a moderna, pela integração forçada no mercado mundial – significa sempre um ato de grandíssima violência. Implica o bloqueio do desenvolvimento autônomo de um povo. Representa a submissão de parcelas importantes da cultura, com sua memória, seus valores, suas instituições, sua religião, à outra cultura invasora. Os colonizados de ontem e de hoje são obrigados a assumir formas políticas, hábitos culturais, estilos de comunicação, gêneros de música e modos de produção e de consumo dos colonizadores. Atualmente se verifica uma poderosa "hamburguerização" da cultura culinária e uma "rockiquização" dos estilos musicais. Os que detêm o monopólio do ter, do poder e do saber, controlam os mercados e decidem sobre o que se deve produzir, consumir e exportar. Numa palavra, os colonizados são impedidos de fazer suas escolhas, de tomar as decisões que constróem a sua própria história.

Tal processo é profundamente humilhante para um povo. Produz sofrimentos dilaceradores. A médio e a longo prazo não há razões, quaisquer que sejam, que consigam justificar e tomar aceitável tal sofrimento. Aos poucos ele se torna simplesmente insuportável. Dá origem a um antipoder. Os oprimidos começam a "extrojetar" o opressor que forçadamente hospedam dentro de si. É o tempo maduro para o processo de libertação. Primeiro, na mente. Depois, na organização, Por fim, na prática.

A vitória na Cruz

Por Rafael Jácome
Fonte: Extraído do Livro A Cruz
Watchman Nee


Se os crentes perceberem e receberem a verdade da cruz, não haverá tantos que retrocedem e fracassam. Uma vitória duradoura não pode ser separada de uma permanência duradoura no fundamento da cruz.

Entretanto, isso não significa dizer que após termos "considerado" o velho homem morto na conduta e na atitude, o pecado dentro de nós será eliminado e anulado. Uma vez que ainda estejamos no corpo, o pecado ainda estará conosco. Dizer que o pecado pode ser anulado nesta vida não é o ensinamento da Bíblia. Podemos mortificar nosso velho homem crendo na cruz do Senhor no Gólgota e podemos fazer o corpo do pecado ficar sem poder, definhar e ficar paralisado como morto, mas nunca poderemos fazer o pecado ser anulado. Sempre que formos descuidados, desatentos e não firmados no terreno da morte do Gólgota, nosso velho homem estará ativo e exercerá sua autoridade e poder novamente. Satanás busca oportunidades o dia todo para ativá-lo. Onde quer que haja uma brecha, ele tentará recuperar a posição original.

Sendo esse o caso, quanto precisamos estar vigilantes e alertas para que o velho homem nunca tenha um dia para ressuscitar novamente! Mas isso não é muito difícil? Certamente a carne considera isso difícil. Portanto, para que a cruz opere nos que crêem, eles devem ter o poder do Espírito Santo. A cruz e o Espírito Santo nunca podem ser separados. A cruz torna possível aos crentes vencer o pecado; o Espírito Santo torna real na vida dos crentes o que a cruz realizou. Um crente que quer ser libertado dos pecados não deve fazer provisões para a carne; ele deve ser vigilante e estar pronto para pagar qualquer preço. Ele deveria ter menos esperança em si e mais confiança no Espírito Santo. Para o homem isso é impossível; para Deus, nada é impossível.

Crucificar o Velho Homem

Por Rafael Jácome
Fonte: Extraído do Livro A Cruz
Watchman Nee


Qual é o resultado de crucificar o velho homem? O resultado é "que o corpo do pecado fosse destruído". No original grego, "destruído" significa "desempregado". Isso quer dizer que sem o velho homem, o corpo do pecado não pode fazer mais nada. Inicialmente, o corpo do pecado funcionava diariamente seguindo as ordens do velho homem. É como se pecar se houvesse tornado a sua ocupação. Tudo o que fazia era cometer pecados. O velho homem amava demasiadamente o pecado; queria pecar, andava por pecar e gostava muito de fazer coisas pecaminosas; o corpo seguia o velho homem para pecar e tornar-se o corpo do pecado. Agora que Senhor lidou com o velho homem e o crucificou, o corpo do pecado fica desempregado; não há mais trabalho para ele fazer. Quando o velho homem estava vivo, a profissão e a ocupação do corpo do pecado era cometer pecados todos os dias. Graças ao Senhor, esse velho homem sem esperança foi crucificado! O corpo do pecado também perdeu seu trabalho! Apesar de o pecado ainda existir e ainda tentar ser o senhor, contudo não sou mais seu escravo. Embora vez ou outra o pecado tente energizar o corpo para que peque, ele não pode obter sucesso, porque o Espírito Santo tornou-se o Senhor dentro do novo homem. Como resultado, o pecado é incapaz de ativar o corpo novamente para pecar. Portanto, o alvo da crucificação do velho homem e o desemprego do corpo do pecado em Romanos 6:6 é que "não sirvamos o pecado como escravos".

Vimos estes três itens: um fato: "que nosso velho homem foi crucificado com ele", um resultado: "que o corpo do pecado seja destruído", e um objetivo: "que não sirvamos o pecado como escravos". Esses três estão interligados e não podem ser separados. Conhecemos o fato, o resultado e o objetivo. Mas como podemos obter isso? Quais as condições necessárias para ter a experiência de morrer juntamente com o Senhor? É crer. Não há outra condição senão crer.

O Pecado é um Senhor, o Velho Homem um Mordomo e o Corpo um Fantoche

Por Rafael Jácome
Fonte: Extraído do Livro A Cruz
Watchman Nee


Não morremos por nós mesmos; pelo contrário, morremos junto com o Senhor. Fomos batizados "na sua morte" (Rm 6:3); "fomos unidos com ele na semelhança da sua morte" (Rm 6:5); "já morremos com Cristo" (Rm 6:8); "foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos" (Rm 6:6). Não podemos crucificar a nós mesmos, e não morreremos. Essa "co-crucificação" é um fato consumado; foi cumprida quando o Senhor Jesus foi crucificado. A morte do Senhor Jesus é um fato, que o Senhor Jesus morreu por nós também é um fato e o ser crucificado juntamente com Ele também é um fato. "Foi crucificado com ele", segundo o original, é um verbo de ação contínua; ele está no pretérito perfeito, o que indica que a crucificação do nosso velho homem com o Senhor Jesus é um ato realizado uma vez por todas, quando o Senhor morreu. Mas qual é o resultado de morrer com o Senhor ? Qual é o alvo ? Sabemos de Romanos 6:6 que o resultado é que o corpo do pecado seja destruído, e o alvo é que não mais sejamos escravos do pecado. Usemos uma ilustração para explicar esse fato. Existem três coisas: o velho homem, o pecado e o corpo do pecado. O pecado é como um senhor, o velho homem é como um mordomo e o corpo é como um fantoche. O pecado não tem a autoridade e poder para assumir a responsabilidade sobre o corpo do pecado ou de conduzi-lo ao pecado. O pecado dirige o velho homem; quando o velho homem consente, o corpo torna-se o fantoche. Desse modo, enquanto nosso velho homem estiver vivo, ele permanece no meio. O corpo está do lado de fora e o pecado do lado de dentro. O pecado interior tenta o velho homem, cuja concupiscência é incitada. Isso faz com que o velho homem dê a ordem ao corpo para pecar e envolver-se em transgressões. O corpo é muito flexível; tudo o que você lhe disser que faça, ele fará. É algo que não tem domínio sobre si mesmo. Por ele mesmo, nada pode fazer; ele só age segundo as ordens do velho homem. Quando o Senhor nos salva, Ele não leva nosso corpo à morte nem destrói a raiz do pecado. Antes, Ele crucificou nosso velho homem com Ele na cruz.

 

sábado, 27 de abril de 2013

A Conversão de Constantino

Por Rafael Jácome
Fonte: Extraído do Livro Os 100 acontecimentos da história do Cristianismo
A. Kenneth Curtis
 
    Era o mês de outubro do ano 312. Um jovem general, a quem todas as tropas romanas da Bretanha e da Gália eram fiéis, marchava em direção a Roma para desafiar Maxêncio, outro postulante ao trono imperial. Segundo o relato da história, o general Constantino olhou para o céu e viu um sinal, uma cruz brilhante, na qual podia ler: "Com isto vencerás". O supersticioso soldado já estava começando a rejeitar as divindades romanas a favor de um único Deus. Seu pai adorava o supremo deus Sol. Seria um bom presságio daquele Deus na véspera da batalha?

      Mais tarde, Cristo teria aparecido a Constantino em um sonho, segurando o mesmo sinal (uma cruz inclinada), lembrando as letras gregas chi (c) e rho (r), as duas primeiras letras da palavra Christos. O general foi instruído a colocar esse sinal nos escudos de seus soldados, o que fez prontamente, da forma exata como fora ordenado.
   Conforme prometido, Constantino venceu a batalha.

Esse foi um dos diversos momentos marcantes do século iv, um período de violentas mudanças. Se você tivesse saído de Roma no ano 305 d.C. para viver anos no deserto, quando voltasse certamente esperaria encontrar o cristianismo morto ou enfrentando as últimas ondas de perseguição. Em vez disso, o cristianismo se tornou a religião patrocinada pelo império.

Depois de ter tomado o poder em 284, Diocleciano, um dos mais brilhantes imperadores romanos, começou uma enorme reorganização que afetaria as áreas militar, econômica e civil. Durante certo período de tempo, ele deixou o cristianismo em paz.

Uma das grandes idéias de Diocleciano foi a reestruturação do poder imperial. Dividiu o império em Oriente e Ocidente, e cada lado teria um imperador e um vice-imperador (ou César). Cada imperador serviria por vinte anos e, a seguir, os césares assumiriam também por vinte anos e assim por diante. No ano 286, Diocleciano indicou Maximiano imperador do Ocidente, enquanto ele mesmo continuava a governar o Oriente. Os césares eram Constancio Cloro (pai de Constantino) no Ocidente e Galério no Oriente.

Galério era radicalmente anticristão (há informações que ele atribuiu a perda de uma batalha a um soldado cristão que fez o sinal da cruz). É bem provável que o imperador do Oriente tenha assumido posições anticristãs por instigação de Galério. Tudo isso era parte da reorganização do império, de modo que a lógica era a seguinte: Roma tinha uma moeda única, uní sistema político único e, portanto, deveria ter uma única religião; os cristãos, porém, estavam em seu caminho.
A partir do ano 298, os cristãos foram retirados do exército e do serviço civil. Em 303, a grande perseguição teve início. As autoridades planejaram impor severas sanções sobre os cristãos, que começariam a ser implantadas na Festa da Terminália, em 23 de fevereiro. As igrejas foram arrasadas, as Escrituras confiscadas, e as reuniões proibidas. No início, não houve derramamento de sangue, mas Galério logo se encarregou de mudar essa situação. Quando Diocleciano e Maximiano deixaram seus postos (de acordo com o planejado), em 305, Galério desencadeou uma perseguição ainda mais brutal. De modo geral, Constantino, que governava o Ocidente, era mais indulgente. Porém, as histórias de horror do Oriente eram abundantes. Até o ano 310, a perseguição tirou a vida de muitos cristãos.

Contudo, Galério foi incapaz de esmagar a igreja. Estranhamente, em seu leito de morte, ele mudou de idéia. Em outro grande momento, no dia 30 de abril de 31 1, o feroz imperador desistiu de lutar contra o cristianismo e promulgou o Édito de Tolerância. Sempre político, insistiu em que fizera tudo para o bem do império, mas que "grande número" de cristãos "persiste em sua determinação". Desse modo, agora era melhor permitir que eles se encontrassem livremente, contanto que não atentassem contra a ordem pública. Além disso, declarou: "Será tarefa deles orar ao seu Deus em benefício de nosso Estado". Roma precisava de toda a ajuda que pudesse obter. Galério morreu seis dias depois.

O grande plano de Diocleciano, no entanto, começava a ruir. Quando Constancio morreu, no ano 306, seu filho Constantino foi proclamado governador por seus soldados leais. Maximiano, porém, tentou sair do exílio e governar o Ocidente outra vez com o filho, Maxêncio (que terminou tirando o próprio pai do poder). Enquanto isso, Galério indicava um general de sua confiança, Licínio, para governar o Ocidente. Cada um desses futuros imperadores reivindicava um pedaço do território ocidental. Eles teriam de lutar por ele. Constantino, de maneira astuta, forjou uma aliança com Licínio e lutou contra Maxêncio. Na batalha da Ponte Mílvia, Constantino saiu vitorioso.

Naquele momento, Constantino e Licínio montaram um delicado equilíbrio de poder. Constantino estava ansioso para agradecer a Cristo por sua vitória e, desse modo, optou por dar liberdade e status à igreja. No ano 313, ele e Licínio emitiram oficialmente o Edito de Milão, garantindo a liberdade religiosa dentro do império. "Nosso propósito", dizia o édito, "é garantir tanto aos cristãos quanto a todos os outros a plena autoridade de seguir qualquer culto que o homem desejar".

Constantino, imediatamente, assumiu o interesse imperial pela igreja: restaurou suas propriedades, deu-lhe dinheiro, interveio na controvérsia dinatista e convocou os concilios eclesiásticos de Arles e de Nicéia. Ele também fazia manobras para obter poder sobre Licínio, a quem finalmente depôs, em 324.

Assim, a igreja passou de perseguida a privilegiada. Em um período de tempo surpreendentemente curto, suas perspectivas mudaram por completo. Depois de séculos como movimento contracultural, a igreja precisava aprender a lidar com o poder. Ela não fez todas as coisas de maneira correta. A própria presença dinâmica de Constantino modelou a igreja do século IV, modelo que ela adotou daí em diante. Ele era um mestre do poder e da política, e a igreja aprendeu a usar essas ferramentas.

A visão de Constantino foi autêntica ou ele foi apenas um oportunista, que usou o cristianismo para benefício próprio? Somente Deus conhece a alma. Embora tenha falhado na demonstração de sua fé em várias ocasiões, o imperador certamente assumiu um interesse ativo no cristianismo que professava, chegou até mesmo a correr risco pessoal em certos momentos.
Ε certo que Deus usou Constantino para fazer com que as coisas acontecessem para a igreja. O imperador afirmou e assegurou a tolerância oficial à fé. Ao fazer isso, porém, ele seguiu os passos do moribundo Galério. Assim, a batalha contra a perseguição romana foi vencida, em certo sentido, não na ponte Mílvia, mas nas arenas em que os cristãos entraram para enfrentar bravamente a morte.

Tito destrói Jerusalém

Por Rafael Jácome
Fonte: Os 100 acontecimentos históricos do Cristianismo
A. Kenney



Erguido no fórum de Roma, o Arco de
Tito celebra a vitória em Jerusalém
  
    Géssio Floro amava o dinheiro e odiava os judeus. Como procurador romano, governava a Judéia e pouco se importava com as sensibilidades religiosas. Quando a entrada de impostos era baixa, ele se apoderava da prata do Templo. Em 66, quando a oposição cresceu, ele enviou tropas a Jerusalém para crucificar e massacrar alguns judeus. A ação de Floro foi o estopim para uma revolta que já estava em ebulição havia algum tempo.

No século anterior, Roma não tinha tratado os judeus de maneira adequada. Primeiramente, Roma havia fortalecido o odiado usurpador Herodes, o Grande. Apesar de todos os belos edifícios que construíra, Herodes não conseguiu lugar no coração das pessoas.
Arquelau, filho de Herodes e seu sucessor-, era tão cruel que o povo pediu a Roma que lhe desse um alívio. Roma atendeu a esse pedido enviando diversos governadores: Pôncio Pilatos, Félix, Festo e Floro. Eles, assim como outros, tinham a tarefa, nada invejável, de manter a paz em uma terra bastante instável.
O espírito independente dos judeus nunca morreu. Eles olhavam com orgulho para os dias dos macabeus, quando se livraram do jugo de seus senhores sírios. Agora, suas desavenças mesquinhas e o fabuloso crescimento de Roma os colocavam novamente sob o comando de mãos estrangeiras.
O clima de revolução continuou durante o governo de Herodes. Os zelotes e os fariseus, cada um à sua maneira, queriam que as mudanças acontecessem. O fervor messiânico estava em alta. Jesus não estava brincando quando disse que as pessoas falariam: "'Vejam, aqui está o Cristo!' ou Ali está ele!'". Esse era o espírito da época.
Foi em Massada (formação rochosa praticamente inexpugnável, que se eleva próximo ao mar Morto, onde Herodes construiu um palácio e os romanos ergueram uma fortaleza) que a revolta judaica teve seu início e um fim trágico.
Inspirados pelas atrocidades de Floro, alguns zelotes ensandecidos decidiram atacar a fortaleza. Para surpresa de todos, eles a conquistaram, massacrando o exército romano que estava acampado ali.
Em Jerusalém, o capitão do Templo, quando interrompeu os sacrifícios diários a favor de César, declarou abertamente uma rebelião contra Roma. Não demorou muito para que toda a Jerusalém ficasse alvoroçada, e as tropas romanas fossem expulsas ou mortas. A Judéia se revoltou, e a seguir a Galiléia. Por um breve período de tempo, parecia que os judeus estavam virando o jogo.
Céstio Galo, o governador romano da região, saiu da Síria com 20 mil soldados. Cercou Jerusalém por seis meses, mas fracassou, deixando para trás seis mil soldados romanos mortos e grande quantidade de armamentos que os defensores judeus recolheram e usaram.
 O imperador Nero enviou Vespasiano, general condecorado, para sufocar a rebelião. Vespasiano foi minando a força dos rebeldes, eliminando a oposição na Galiléia, depois na Transjordânia e por fim na Idu-méia. A seguir, cercou Jerusalém.
Contudo, antes do golpe de misericordia, Vespasiano foi chamado a Roma, pois Nero morrera. O pedido dos exércitos orientais para que Vespasiano fosse o imperador marcou o fim de uma luta pelo poder. Em um de seus primeiros atos imperiais, Vespasiano nomeou seu filho, Tito, para conduzir a guerra contra os judeus.
A situação se voltou contra Jerusalém, agora cercada e isolada do restante do país. Facções internas da cidade se desentendiam com relação às estratégias de defesa. Conforme o cerco se prolongava, as pessoas morriam de fome e de doenças. A esposa do sumo sacerdote, outrora cercada de luxo, revirava as lixeiras da cidade em busca de alimento.
Enquanto isso, os romanos empregavam novas máquinas de guerra para arremessar pedras contra os muros da cidade. Aríetes forçavam as muralhas das fortificações. Os defensores judeus lutavam durante todo o dia e tentavam reconstruir as muralhas durante a noite. Por fim, os romanos irromperam pelo muro exterior, depois pelo segundo muro, chegando finalmente ao terceiro muro. Os judeus, no entanto, continuaram lutando, pois correram para o Templo — sua última linha de defesa.
Esse foi o fim para os bravos guerreiros judeus — e também para o Templo. Josejo, historiador judeu, disse que Tito queria preservar o Templo, mas os soldados estavam tão irados com a resistência dos oponentes que terminaram por queimá-lo.
A queda de Jerusalém, essencialmente, pôs fim à revolta. Os judeus foram dizimados ou capturados e vendidos como escravos. O grupo dos zelotes que havia tomado Massada permaneceu na fortaleza por três anos. Quando os romanos finalmente construíram a rampa para cercar e invadir o local, encontraram todos os rebeldes mortos. Eles cometeram suicídio para que não fossem capturados pelos invasores.
A revolta dos judeus marcou o fim do Estado judeu, pelo menos até os tempos modernos.
A destruição do Templo de Herodes significou mudança no culto judaico. Quando os babilônios destruíram o Templo de Salomão, em 586 a.C, os judeus estabeleceram as sinagogas, onde podiam estudar a Lei de Deus. A destruição do Templo de Herodes pôs fim ao sistema ‘sacrificai judeu’ e os forçou a contar apenas com as sinagogas, que cresceram muito em importância.
Onde estavam os cristãos durante a revolta judia? Ao lembrar das advertências de Cristo (Lc 21.20-24), fugiram de Jerusalém assim que viram os exércitos romanos cercar a cidade. Eles se recusaram a pegar em armas contra os romanos e retiraram-se para Pela, na Transjordânia.
Uma vez que a nação judaica e seu Templo tinham sido destruídos, os cristãos não podiam mais confiar na proteção que o império dava ao judaísmo. Não havia mais onde se esconder da perseguição romana.

O incêndio de Roma

Por Rafael Jácome
Fonte: Extraído do Livro Os 100 acontecimentos históricos do Cristianismo
A. Kenney


Nero durante o incêndio de Roma
 
  Talvez o cristianismo não se expandisse de maneira tão bem-sucedida, caso o Império Romano não tivesse existido. Podemos dizer que o império era um tambor de gasolina à espera da faísca da fé cristã.


Os elementos unificadores do império ajudaram na expansão do evangelho. Com as estradas romanas, as viagens ficaram mais fáceis do que nunca. As pessoas falavam grego por todo o império e o forte exército romano mantinha a paz. O resultado da facilidade de locomoção foi a migração de centenas de artesãos, por algum tempo, para cidades maiores — Roma, Corinto, Atenas ou Alexandria — e depois se mudavam para outro lugar. O cristianismo encontrou um clima aberto à religiosidade. Em um movimento do tipo Nova Era, muitas pessoas começaram a abraçar as religiões orientais — a adoração a Isis, Dionisio, Mitra, Cibele e outros. Os adoradores buscavam novas crenças, mas algumas dessas religiões foram declaradas ilegais por serem suspeitas de praticar rituais ofensivos. Outras crenças foram oficialmente reconhecidas, como aconteceu com o judaísmo, que já desfrutava proteção especial desde os dias de Júlio César, embora seu monoteísmo e a revelação bíblica o colocassem à parte das outras formas de adoração.

Tirando plena vantagem da situação, os missionários cristãos viajaram por todo o império. Ao compartilhar sua mensagem, as pessoas nas sinagogas judaicas, nos assentamentos dos artesãos e nos cortiços se convertiam. Em pouco tempo, todas as cidades principais tinham igrejas, incluindo a capital imperial.

Roma, o centro do império, atraía pessoas como um ímã. Paulo quis visitar Roma (Rm 1.10-12), e, na época em que escreveu sua carta à igreja romana, vemos que ele já saudava diversos cristãos romanos pelo nome (Rm 16.3-15), talvez porque já os tivesse encontrado em suas viagens.

Paulo chegou a Roma acorrentado. O livro de Atos dos Apóstolos termina narrando que Paulo recebia convidados e os ensinava em sua casa, onde cumpria pena de prisão domiciliar, ainda que, de certa forma, não vigiada.

A tradição também diz que Pedro passou algum tempo na igreja romana. Embora não tenhamos números precisos, podemos dizer que, sob a liderança desses dois homens, a igreja se fortaleceu, recebendo tanto nobres e soldados quanto artesãos e servos.

Durante três décadas, os oficiais romanos achavam que o cristianismo era apenas uma ramificação do judaísmo — uma religião legal — e tiveram pouco interesse em perseguir a nova "seita" judaica. Muitos judeus, porém, escandalizados pela nova fé, partiram para o ataque, tentando inclusive envolver Roma no conflito.

O descaso de Roma pela situação pode ser visto no relato do historiador romano Tácito. Ele relata uma confusão entre os judeus, instigada por um certo "Chrestus", ocorrida em um dos cortiços de Roma. Tácito pode ter ouvido errado, mas parece que as pessoas estavam discutindo sobre Christos, ou seja, Cristo.

Por volta de 64 d.C, alguns oficiais romanos começaram a perceber que o cristianismo era substancialmente diferente do judaísmo. Os judeus rejeitavam o cristianismo, e cada vez mais pessoas viam o cristianismo como uma religião ilegal. A opinião pública pode ter começado a mudar em relação à fé nascente até mesmo antes do incêndio de Roma. Embora os romanos aceitassem facilmente novos deuses, o cristianismo não estava disposto a partilhar a honra com outras crenças. Quando o cristianismo desafiou o politeísmo tão profundamente arraigado de Roma, o império contra-atacou.

Em 19 de julho, ocorreu um incêndio em uma região de trabalhadores de Roma. O incêndio se prolongou por sete dias, consumindo um quarteirão após o outro dos cortiços populosos. De um total de catorze quarteirões, dez foram destruídos, e morreram muitas pessoas.

A lenda diz que o imperador romano Nero "dedilhava" um instrumento musical, enquanto Roma era destruída pelas chamas. Muitos de seus contemporâneos achavam que Nero fora o responsável pelo incêndio. Quando a cidade foi reconstruída, mediante o uso de altas somas do dinheiro público, Nero se apoderou de grande uma extensão de terra e construiu ali os Palácios Dourados. O incêndio pode ter sido a maneira rápida de renovar a paisagem urbana.

Objetivando desviar a culpa que recaíra sobre si, o imperador criou um conveniente bode expiatório: os cristãos. Eles tinham dado início ao incêndio, acusou o imperador. Como resultado, Nero jurou perseguir e matar os cristãos.

A primeira onda da perseguição romana se estendeu de um período pouco posterior ao incêndio de Roma até a morte de Nero, em 68 d.C. Sua enorme sede por sangue o levou a crucificar e queimar vários cristãos cujos corpos foram colocados ao longo das estradas romanas, iluminando-as, pois eram usados como tochas. Outros vestidos com peles de animais, eram destroçados por cães nas arenas. De acordo com a tradição, tanto Pedro quanto Paulo foram martirizados na perseguição de Nero: Paulo foi decapitado, e Pedro foi crucificado de cabeça para baixo.

Entretanto, a perseguição ocorria de maneira esporádica e localizada. Um imperador podia intensificar a perseguição por dez anos ou mais; mas um período de paz sempre se seguia, o qual era interrompido abruptamente quando um governador local resolvia castigar novamente os cristãos de sua área, sempre com o aval de Roma. Esse padrão se prolongou por 250 anos.

Tertuliano, escritor cristão do século li, disse: "O sangue dos mártires é a semente da igreja". Para surpresa geral, sempre que surgia perseguição, o número de cristãos a ser perseguido aumentava. Em sua primeira carta, Pedro encorajou os cristãos a suportar o sofrimento, confiantes na vitória derradeira e no governo divino que seria estabelecido em Cristo (lPe 5.8-11). O crescimento da igreja sob esse tipo de pressão provou, em parte, a veracidade dessas palavras.
 

As festas dos judeus

Por Rafael Jácome


A Páscoa

No dia 14 do primeiro mês, ABIB(Abril) para celebrar o êxodo do Egipto. Figura do morte de Cristo. Lv.23.5; Mt. 26.17; Heb. 11:28.

 Festa dos Asmos

No dia 15 do mesmo mês, festa da 7 dias. Lv.23.6-8; 1Cor.5.7-8; Figura de comunhão dos santos.

Festa das Primícias

no dia 17 do mês. Lv.23.9-14;1Cor.15.20-23; Figura da Ressurrei- ção de Cristo.

Festa das semanas(ou Pentecostes)

50 dias depois das primícias, no mês SIVAN(Junho) Lv.23.15-21; At.2.1; Figura de descida do Espírito Santo. Intervalo de 4 meses sem festas

Festa das Trombetas

1.º dia do 7.º mês ETHANIM(outubro) Lv.23.24-25; Nm.10; 1-10;   Neem.8.2. Figura do despertar de Israel.

O Dia da Expiação

No 10º dia do 7.º mês. Lv.23.26-32; (Lv.16). Figura de arrependimento futuro de Israel.

Festa dos Tabernáculos

Do 15º até o 22º dia do 7.° mês. Agradecimento ao Senhor pela  colheita. Lv.23.34-44; Jo.7.2. Figura da glória do Milênio.

Festa da Dedicação

No dia 25 do 9º mês CHISLEU(Dezembro) para comemorar a re-consagração do Templo depois de ser profanado pelos Sírios.

Festa de Purim
Nos dias 14 e 15 do 12º mês ADAR(Março) para celebrar a  libertação dos Judeus de Hamam. Est.9.17, 22-26

Os Nomes Divinos

Por Rafael Jácome
Fonte: A. Doolan


(significando a natureza e carácter de Deus)

 

EL

            O título «El» encontra-se acerca de 250 vezes na Bíblia e significa «Forte», «Primeiro». Deus é o Todo-poderoso, a   primeira causa de tudo.
            A 1.° ref. Gen. 14:18, 19, 20, 22. Este título geralmente está ligado com um ou mais dos atributos Divinos. 

Eloah «Eloah» (Deus, singular)

            Encontra-se acerca de 56 vezes, e significa Deus como O adorável, O Único Objecto supremo de adoração. 1.° ref. Deut. 32:15.

Elah «Elah» (Deus, singular)

A palavra Calden, semelhante a «Eloah». Encontra-se 77 vezes nos livros de Esdras e Daniel, e uma vez Jeremias (cap.10:1)

 

Elohim «Elohim» (Deus, plural de Eloah)

Acerca de 2500 vezes. 1.ª ref. Gn.1.1.

Eu Sou O que Sou

            Neste título encontra-se cada tempo do verbo «Ser». Pode ser traduzido «Eu era, Eu sou, e continuarei a ser» 1.ª ref. Êxodo  3:14.

Jehovah «Jehovah» (O Senhor)

            Acerca de 7 000 vezes, geralmente traduzido o Senhor, e poucas vezes Jehovah. O título significa Aquele que era, é, e sempre será.1.ª ref. Gn.2:4. (Notas Apoc.1.4).

 Jah «Jah» (o Senhor)

            Abreviatura de Jehovah, encontra-se somente em Êxodo, Salmos e Isaías. 1.ª ref. Êxodo.15.2.

El Shaddai «Deus, Todo Suficiente», o nome salienta a grandeza de Deus; não apresenta Deus como um objecto que inspira medo e terror, mas como a Fonte de benção e conforto 48 vezes na Bíblia, principalmente no livro de Job. 1.ª ref. Gn.17.1.

 
 

NOMES COMPOSTOS DE JEHOVAH

Jehovah - Hoseem - «Jehovah o nosso Criador» Slm. 95:6

Jehovah - Jireh - «Jehovah proverá» Gn.22.14

Jehovah - Rofeca - «Jehovah que sara» Ex.15.26

Jehovah - Mecaddisheem - «Jehovah que santifica»Ex. 31:13, Lev.20:82; 21:8, Ezeq.20.12

Jehovah - Eloheenn - «Jehovah nosso Deus» Slm.99.5,8,9

Jehovah - Eloheca - «Jehovah teu Deus» Ex.20.2,5,7

Jehovah - Elohai - «Jehovah meu Deus» Zac.14.5

Jehovah - Shalom - «Jehovah é paz» Jz.6.24

Jehovah - Tsebahoth - «Jehovah dos Exércitos» 1Sm.1.3

Jehovah - Roi - «Jehovah meu pastor» Slm.23.1

Jehovah - Helezon - «Jehovah Altíssimo» Slm.7.17; 47.2; 97:9 Jehovah - Tsidkenu - «Jehovah, Justiça nossa» Jer.23.6; 33.16

Jehovah - Shammah «Jehovah está ali» Ezeq. 48:35